Efeito Black Friday
Novembro 28, 2019
Marquês
O conceito Black Friday - mais um conceito estrangeiro que se está a instalar no nosso país graças à aldeia global - é um verdadeiro fenómeno com tudo para resultar.
Segundo alguns estudos, há empresas onde a sexta-feira a seguir ao Thanks Giving é o campeão de vendas. Não é o Natal, não é a época de saldos, é a Black Friday. Se nos EUA acampam à porta das lojas e nós ríamos, atualmente já somos nós a invadir espaços comerciais à meia-noite para trazer para casa um televisor (aconteceu o ano passado, na Black Friday da Worten e deve repetir-se esta noite).
Quanto a mim, sou adepto do online, não me apanham num shopping nestes dias. Mas, acima de tudo, sou despreocupado. Não consigo esperar por uma data em específico para poder comprar algo e correr o risco de esgotar ou não ser alvo de um desconto. Ainda para mais, com os Outlet e as promoções ao longo de todo o ano, consigo gerir o orçamento consoante as necessidades do dia a dia.
E este pode ser o meu conselho: não esperem pela Black Friday para ir às compras sem objetivos bem definidos. É o equivalente a ir ao supermercado com fome - acabamos por comprar mais do que verdadeiramente precisamos.
As campanhas em redor da Black Friday (que já deriva em Black Weekend, Black Week, Black Month, qualquer dia temos uma loja a arriscar uma Black Year) causam em nós a sensação FOMO (Fear Of Missing Out). Posso não precisar de nada nem ter nada programado mas vou comprar algo só para não escapar a esta tendência. E não esquecer de tirar foto e postar nas redes sociais. #blackfriday #comprasblackfriday #compreiumamesadeesplanadaenemtenhovaranda
Portanto, a dificuldade agora é descobrir o que vou comprar mesmo sabendo que não preciso de nada, mas quem sou eu para deixar passar esta oportunidade fantástica de comprar uma televisão nova com 70% de desconto ou uma bicicleta nova para ocupar aquele canto da sala vazio?